sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dia em Memória as Vitimas do Holocausto

A presidente Dilma Rousseff esteve em Porto Alegre (RS) - estado com a terceira maior comunidade judaica no Brasil e governado por  Tarso Genro, filho de mãe judia - e ressaltou que " é  nosso dever não compactuar com nenhuma forma, qualquer que seja, de violação dos direitos humanos . Sobrevivente e radicado no Brasil desde 1953, o polonês Max Schanzer foi um dos convidados. Aos 83 anos, Max tinha 11 anos quando tudo começou, perdendo assim seus pais nas câmaras de gás. No Rio de Janeiro, a data foi lembrada com uma exposição de fotos, videos e a presença de Maria Yefremov - na epoca grávida e hoje com 96 anos. Aleksander Henryk Laks - que já relatou sua vida há alguns ano livro O Sobrevivente - também esteve no evento e emocionado disse : " Quando fui libertado, com 17 anos, pesava 28 quilos. Meus dentes eram soltos e eu não enxergava direito. Estava sem pai, mãe, parente, pátria ou perspectiva " . Estado com a maior concentração de judeus no Brasil, São Paulo teve como palco das homenagens a Congregação Israelita Paulista e  reuniu entre outros o prefeito Gilberto Kassab e o senador Eduardo Suplicy. O vereador judeu Floriano Pesaro, autor da lei que deu origem ao Dia Municipal em Memória às Vítimas do Holocausto há dois anos também compareceu assim como um dos mais notórios sobreviventes do Holocausto radicados no Brasil , Ben Abraham - autor do livro E o mundo silenciou.



Na Alemanha - um dos principais palcos da barbarie - os destaques ficaram por conta do discurso do presidente de Israel Shimon Peres. O presidente israelense se lembrou do avô e de outros membros da família mortos pelos nazistas. Quando viu o avô pela última vez, este lhe teria dito: " Meu filho, seja sempre um judeu!". As bandeiras da Alemanha e de Israel ficaram a meio mastro. O cigano holandês Zoni Weisz  também discursou em  Bundestag, o parlamento alemão. Sobrevivente do Holocausto seu discurso foi dedicado ao que ele classificou como "o Holocausto esquecido" - oportunamente lembrando os cercas de 600 mil ciganos,  postos como coadjuvantes. Foi a primeira vez que um sobrevivente do Holocausto de etnia cigana discursou durante a celebração oficial das vítimas do nazismo na Alemanha. 

Enfim, felizmente não foram poucas as cerimônias no Brasil e no exterior em lembrança ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. E não acabaram. A Sociedade Israelita da Bahia (SIB) por exemplo, promoverá no dia 30 na capital Salvador uma cerimônia em homenagem as vitimas. O governador Jaques Wagner - carioca de origem judaica - participará.
  

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