quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Três vozes femininas que merecem ser ouvidas!


Em outubro de 2009 a voz de Mercedes Sosa se calou aos 74 anos. A cantora, que pautou sua vida com o ativismo politico e humanitário, tinha 50 anos de carreira e era chamada de A voz da América. No Brasil , Mercedes Sosa ganhou notoriedade graças ao dueto com Fagner ( em Anõs ) no inicio dos anos 80. É verdade que quando o album Cantora chegou as lojas em 2009, Mercedes Sosa já tinha falecido mas o primeiro album postumo da interprete é mesmo esse Deja la Vida Volar - a rigor, um registro ao vivo da última turnê da cantora. Classicos de sua carreira como Gracias a la vida e Alfonsina y el Mar se juntam a canções como Me Hace Bien, do uruguaio  Jorge Drexler. Tal qual Sarah Vaughan, Mercedes Sosa era uma das maiores interpretes da MPB mesmo não sendo brasileira e por isso não espanta a inclusão de Gente Humilde ( composição de Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque) -  entoada em espanhol - e  Maria Maria ( de Milton Nascimento e Fernando Brant) que fecha o show e mostra a bela harmonia de Sosa com o publico. Publico esse, hoje, já saudoso ...



Bela canhota, a mineira Paula Fernandes já beslica o sucesso desde 2008 quando seu cover de Dust in the Wind entrou na trilha sonora da novela global Páginas da Vida. Mas foi só mesmo em 2010 que o trabalho de Paula ganhou projeção nacional. Primeiro por ter a regravação de Quando a chuva passar na abertura da novela Escrito nas Estrelas - também na Globo - e depois pela participação no especial de fim de ano do Rei Roberto Carlos. Chegou as lojas em janeiro seu primeiro DVD. Paula Fernandes ao vivo (acima) tem participações de Leonardo, Victor & Leo, Almir Sater e Marcus Viana. A cantora e compositora , dona de bela voz grave, regrava Costumes ( Roberto Carlos & Erasmo Carlos ), Tocando em Frente ( toada de Almir Sater e Renato Teixeira, sucesso com Maria Bethânia ) e Man I Feel Like a Woman ( Shania Twain ). Aos 26 anos, Paula Fernandes entra em um seguimento dominado pelos homens - em dupla ou não - mas pronta pra driblar os preconceitos e se firmar no mundo sertanejo. Talento e beleza para isso ela tem !



Cida Moreira não é uma cantora focada em paradas de sucesso. Nem poderia. Com uma discografia iniciada em 1981 ( Summertime ), essa paulista filha de um imigrante italiano, já lançou albuns dedicados as obras do dramaturgo e poela alemão Bertolt Brecht (1898 - 1956), Cartola (1908 - 1980) e Chico Buarque. Ou seja, sem apelos comerciais. E parece que não será dessa vez que o sucesso nas rádios chegará para Cida Moreira. Agora, Cida volta as lojas com o album A Dama Indigna (acima). É o registro em estudio de um show onde a cantora e pianista vai de Amy Winehouse (Back to Black) a Chico Buarque (Uma Canção Desnaturada). O album tem duas canções de Caetano Veloso (Mãe e O Ciúme) além de David Bowie e George Gershwin, entre outros. Com sua voz rara e de timbre operistico, a interprete inaugura assim uma nova trajetória no mundo do disco. A Dama Indigna sai pela gravadora Joia Moderna - recem criada pelo DJ Zé Pedro.

Um comentário:

  1. Paula Fernandes é minha conterrânea, sabia? Muito boa. Fruto da terra de Sete Lagoas, assim também como o saudoso Zacarias (Trapalhões). Esta terra só dá bons frutos! rs...
    Abraços!

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